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terça-feira, 29 de maio de 2012

ACESSIBILIDADE E SENSIBILIDADE - LARAMARA E FUMCAD

Laramara e Fumcad lançam projeto pioneiro na inclusão de crianças e adolescentes com deficiência visual em São Paulo



O projeto visa garantir o direito de acesso dessas crianças e adolescentes deficientes à informações e ajudas técnicas, de forma a favorecer seu desenvolvimento, aprendizagem e inclusão social.
Publicada em 29 de maio de 2012 - 09:00
bengala de cego está sobre piso podotátil
Cerca de 300 crianças e adolescentes com deficiência visual e múltipla serão beneficiados anualmente pelo projeto Acessibilidade e Sensibilidade, lançado pela Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual  e cadastrado no FUMCAD - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente .

O projeto visa garantir o direito de acesso dessas crianças e adolescentes deficientes à informações e ajudas técnicas, de forma a favorecer seu desenvolvimento, aprendizagem e inclusão social. Isso facilitará a autonomia e a independência na realização das atividades com os equipamentos especiais, garantindo sua mobilidade em condições seguras; promovendo o acesso à informação para aprendizagens específicas; e introduzindo a pessoa com deficiência no mundo da informática, como ferramenta importante de comunicação, estudo, pesquisa e trabalho.

O trabalho
Tudo começa a partir das avaliações das necessidades específicas da pessoa com deficiência, com a utilização dos recursos especiais e a integração em grupos formados por faixas etárias (de 0 a 18 anos), para o atendimento educacional especializado de complementação à escola.

Na Laramara, o foco está centrado também no apoio à família, à escola, a sociedade e seu entorno. Cada grupo é atendido por uma dupla de profissionais de áreas distintas, em periodicidade semanal, em atividades socioeducativas e culturais. São realizados encontros sistemáticos com famílias e escolas para apoio à inclusão escolar, além de capacitações para educadores e profissionais da área.

Neste projeto a equipe multidisciplinar conta com: instrutores de informática, instrutores de orientação e mobilidade/natação, pedagogas especializadas, técnico em recursos acessíveis e fisioterapeuta.

A Laramara possui mais três projetos cadastrados junto ao Fumcad/SP, os interessados em apoiar estas ações podem acessar o site http://fumcad.prefeitura.sp.gov.br/  ou entrar em contato por telefone (11) 3660.6434. Pessoas físicas ou jurídicas podem contribuir destinando parte do Imposto de Renda Devido, reforça o Gestor do Projeto Cristiano Gomes.

Associação Laramara
Endereço: Rua Conselheiro Brotero, 338 – Barra Funda – SP/SP
Telefone: (11) 3660-6400 e Fax: (11) 3662-0551
http://www.laramara.org.br/ 


Acesso em: http://vidamaislivre.com.br/noticias/noticia.php?id=5225&%2Flaramara_e_fumcad_lancam_projeto_pioneiro_na_inclusao_de_criancas_e_adolescentes_com_deficiencia_vis

BLOG DA TURMA TICs ACESSÍVEIS 359 UFRGS - MAGDA E FABI

Olá!!!
Por conta do curso Tecnologia de Informação e Comunicação Acessível, oferecido pela UFRGS, os alunos tiveram que criar um Blog. Essa atividade foi muito legal e ainda está sendo, pois foi por meio dessa atividade que criei este Blog e continuo postando novidades. Hoje, sugiro a vocês entrarem nos Blogs dos meus colegas de curso. Com certeza, vocês irão gostar de mais, pois foi feito com muita dedicação e tem postagens muito interessantes. Os endereços estão do lado direito da página.
Um grande abraço!

domingo, 27 de maio de 2012

Fotos Curso do Boardmaker - Turma I

Olá!
Segue algumas fotos do curso do boardmaker.
O curso foi muito legal e a turma muito dedicada, realizando pranchas maravilhosas.
Adorei conhecer vocês! Precisando de algo, é só nos contatar. Estamos a disposição.
Um grande abraço a todas e a todos!









terça-feira, 22 de maio de 2012

Prefeitura oferecerá formação para Educação Especial a 69 municípios


Renan Costa

A Secretaria Municipal de Educação de Campinas (SME) oferecerá o “Curso Básico do Programa Boardmaker” aos 69 municípios da região de Campinas nos dias 23 e 24 de maio (turma I) e 14 e 15 de junho de 2012 (turma II). O curso será oferecido a professores que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), instaladas em escolas e que oferecem atividades pedagógicas a alunos com necessidades especias no contraturno da sala de aula.

A rede municipal de educação de Campinas é referência para o Ministério da Educação no programa de Educação Inclusiva Direito à Diversidade, do governo federal. Por isso, o município oferece formação às cidades de abrangência da região. O local para a realização da formação será na IMA – Informática de Municípios Associados, na Rua Ataliba de Camargo Andrade Cambuí, Campinas, das 8h às 17h.

Cássia Cristiane Freitas e Thais Helen dos Santos Benato serão as educadoras responsáveis pela formação no curso. Ambas são as pedagogas e especialistas em Educação Especial, Atendimento Educacional Especializado e atuantes nas Salas de Recursos Multifuncionais em escolas municipais em Campinas.


As profissionais participaram de uma formação oferecida em 2011 pela empresa Assistiva - Tecnologia e Educação. O curso teve como enfoque a construção de recursos pedagógicos acessíveis e a comunicação alternativa para profissionais que atuam nas Salas de Recursos Multifuncionais (SRM).

O curso foi exclusivo para as duas representantes de Campinas, que é município polo no programa “Educação Inclusiva Direito à Diversidade”. Com os conhecimentos obtidos no curso, as educadoras ministrarão o “Curso Básico do Programa Boardmaker”, que será oferecido aos profissionais de Educação Especial da região. As 17 professoras que atuam em SRMs na rede municipal de ensino de Campinas participaram da formação em abril.

Curso

O curso contará com toda a estrutura física e material, disponibilizada pelo Ministério da Educação. Profissionais da SME serão as responsáveis por organizar e ministrar os conteúdos e atividades que serão desenvolvidas com os participantes. O curso será gratuito e os próprios
municípios enviarão seus representantes, sendo 26 educadores representando 20 municípios da região.


Para Ester Mary Campos, membro do núcleo de educação especial da SME, o curso é de extrema importância. “É necessário um conhecimento diferenciado para poder produzir o material. E a partir de então vem a importância de oferecermos cursos para o uso das tecnologias acessíveis na educação especial”, diz a coordenadora.


O Ministério da Educação disponibilizou recursos aos municípios da região de abrangência para a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais (SRM), para aprimorar o atendimento aos alunos com deficiência de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Alguns municípios já implantaram as Salas e outros ainda estão em fase de implantação. Em Campinas, 12 SRMs estão em funcionamento.

Estas salas são dotadas de recursos de tecnologia assistiva que fazem uma grande diferença no acesso à aprendizagem dos alunos com deficiências. As salas multifuncionais são equipadas com todo o aparato tecnológico, com computadores com telas de visão ampliada ou *touch screen *(toques na tela); teclado e mouse adaptados; *software boardmaker* para comunicação alternativa; *software* que faz desenhos gráficos e táteis; recursos específicos para deficientes visuais como impressora Braille; máquina Braille, globo terrestre adaptado, entre outros itens, facilitadores do processo de aprendizagem.


Educação Especial em Campinas


Segundo o MEC, Campinas é referência em Educação Especial (EE) e conta com 153 professores na área atendendo mais de mil alunos com deficiências nas escolas regulares do município. Apoiados por recursos educacionais adequados, esses educadores atuam com estratégias de apoio ao processo de ensino e aprendizagem dos estudantes portadores de deficiência.

Os professores de Educação Especial trabalham em conjunto com os educadores da turma para promover a formação integral do aluno, sua autonomia, criatividade e cultura. Assim, os educadores elaboram o projeto pedagógico coletivamente e flexibilizam o currículo escolar, garantindo aos alunos com deficiência a apropriação dos conhecimentos.












sábado, 19 de maio de 2012

SORE O DOSVOX


Olá!!!

O DOSVOX é um sistema para microcomputadores da linha PC que se comunica com o usuário através de síntese de voz, viabilizando, deste modo, o uso de computadores por deficientes visuais, que adquirem assim, um alto grau de independência no estudo e no trabalho. O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de síntese de voz em Português, sendo que a síntese de textos pode ser configurada para outros idiomas.

O que diferencia o DOSVOX de outros sistemas voltados para uso por deficientes visuais é que no DOSVOX, a comunicação homem-máquina é muito mais simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Ao invés de simplesmente ler o que está escrito na tela, o DOSVOX estabelece um diálogo amigável, através de programas específicos e interfaces adaptativas. Isso o torna insuperável em qualidade e facilidade de uso para os usuários que vêm no computador um meio de comunicação e acesso que deve ser o mais confortável e amigável possível. Grande parte das mensagens sonoras emitidas pelo DOSVOX é feita em voz humana gravada. Isso significa que ele é um sistema com baixo índice de estresse para o usuário, mesmo com uso prolongado.

Ele é compatível com a maior parte dos sintetizadores de voz existentes pois usa a interface padronizada SAPI do Windows. Isso garante que o usuário pode adquirir no mercado os sistemas de síntese de fala mais modernos e mais próximos à voz humana, os quais emprestarão ao DOSVOX uma excelente qualidade de leitura.  O DOSVOX também convive bem com outros programas de acesso para deficientes visuais (como Virtual Vision, Jaws, Window Bridge, Window-Eyes, ampliadores de tela, etc) que porventura estejam instalados na máquina do usuário.

O DOSVOX contava em dezembro de 2002 com cerca de 6000 usuários no Brasil e alguns países da América Latina. Nesta época, o número de usuários que acessava a Internet era estimado em cerca de 1000 pessoas.

O programa é composto por:

·         Sistema operacional que contém os elementos de interface com o usuário;

·         Sistema de síntese de fala;

·         Editor, leitor e impressor/formatador de textos;

·          Impressor/formatador para braille;

·         Diversos programas de uso geral para o cego, como Jogos de caráter didático e lúdico;

·         Ampliador de telas para pessoas com visão reduzida;

·         Programas para ajuda à educação de crianças com deficiência visual;

·         Programas sonoros para acesso à Internet, como Correio Eletrônico, Acesso a Homepages, Telnet e FTP.

·         Leitor simplificado de telas para Windows




O DOSVOX vem sendo aperfeiçoado a cada nova versão. Hoje ele possui mais de 80 programas, e este número é crescente.

Para saber mais, acesse o link abaixo. No site vocês poderão fazer o download do programa e do manual e poder assim, usar com os seus alunos. Lembrando: o Dosvox é uma tecnologia assistiva que pode ser usado por alunos com diversas deficiências e até mesmo, com os demais alunos.



Abraços!





PRATICAS INCLUSIVAS ESCOLARES COM O SOROBAN

Olá!!
Desde 2006 tenho me dedicado a formação de professores no uso do soroban. Ministro cursos e oficinas sobre o ensino da técnica do soroban e participo de cursos de matemática divulgando e apresentando a técnica do soroban. Acredito que o mesmo pode ser um recurso a mais no aprendizado da matemática.

Em, 2009 iniciei um grupo com alunos e professores para o ensino da técnica do soroban na escola em que atuo. O objetivo era que os alunos se beneficiassem da técnica do soroban para usar em sala de aula. O grupo foi formado por 4 alunos e três professoras. No início, tanto professores como alunos acharam difícil o recurso, mas digo que foi somente no início, depois tanto alunos como professores se encantaram com o aprendizado do soroban e com o que ele pode proporcionar aos alunos, como: melhora da atenção, concentração, criatividade, coordenação motora, autoestima, raciocínio lógico, entre outros. O grupo perdurou por um ano e meio, depois as aulas foram ministradas na própria sala de recursos multifuncional, na qual atuo.

            Hoje, ensino o soroban para três alunos, dois cegos e outro com baixa visão. Apesar de estarmos ainda no início da técnica, os mesmos tem se dedicado muito.

            Vou usar esse espaço para contar a experiência com a aluna M. R. P. L. A aluna é cega e cursa o 3º ano do ensino fundamental. A aluna começou a aprender o soroban este ano e já consegue fazer adição e subtração simples. Tem usado o soroban em sala de aula e também nas tarefas escolares.

            Antes de iniciarmos com o uso do soroban, trabalhamos com materiais concretos, como, palitos de sorvete, tampinha de refrigerante, clipes, entre outros, para simularmos situações problemas. Também trabalhamos com o material dourado, para que aluna se apropriasse do que era ordem (unidade, dezena, centena, unidade de milhar, dezena de milhar, centena de milhar e assim por diante), classe (simples, de milhar, milhão, etc.), trocas que são necessárias no momento de fazer adição com reserva, por exemplo, e a realização de cálculo mental.

Os jogos e as brincadeiras sempre estiveram presentes nas atividades, pois ao usá-los o processo de aprendizado do soroban se torna mais motivador, criativo e fácil de entender. O uso dessas estratégias tem facilitado o aprendizado do soroban.

Bom, o processo está apenas no início, mas prometo contar as novidades que forem surgindo.

Quero recomendar um livro que muito ajudará no ensino do soroban. O livro apresenta atividades que antecedem o uso do soroban e que são importantes na aquisição de conceitos que facilitará o aprendizado da técnica do soroban nas 4 operações. O livro se encontra nas publicações da educação especial, site do MEC e se intitula: “A construção do conceito de número e o pré-soroban”. Leiam e depois, comentem no blog.
Abaixo, o link onde vocês poderão fazer o download do livro.


Abraços!

SOROBAN


Olá!!!
Antes de postar mais uma experiência de prática de inclusão escolar, quero compartilhar com vocês, um recurso que tenho usado muito na sala de recursos multifuncional, o soroban. Acredito que o mesmo, é um recurso facilitador do aprendizado da matemática. Tenho incentivado todos os alunos que freqüentam a sala de recursos a usarem o soroban.
Vale ressaltar que o soroban é um recurso muito apropriado ao ensino da matemática e pode ser usado por todos os alunos, bem como por todas as pessoas, não importando a idade.

Adoro ensinar soroban!
No final dessa página vou postar dois links. Um deles é um site onde vocês poderão baixar um software, o sorocal, que auxilia no aprendizado do soroban e o outro, é sobre o método supera - Ginástica para o cérebro, método este, que utiliza o ábaco para efetuar cálculos matemáticos, sem usar qualquer meio físico ou externo, utilizando apenas a mente.



Soraban é o nome dado ao ábaco japonês, que teve origem na China e foi importado pelo Japão, em 1622. Foi trazido ao Brasil pelos primeiros imigrantes, em 1908 e adaptado para os deficientes visuais, em 1949 por Joaquim Lima de Moraes.  Faz parte do currículo para ensino de deficientes visuais e adotado pelo sistema educacional em todo o território nacional.
A partir da Portaria 1010, de maio de 2006, o soroban foi instituído como um recurso educativo específico e imprescindível para a execução de cálculos por alunos com deficiência visual. Segundo a Portaria 1010, “o soroban é um contador mecânico adaptado para uso das pessoas com deficiência visual, cuja manipulação depende exclusivamente do raciocínio, domínio e destreza do usuário, diferindo, portanto, da calculadora eletrônica”. A partir desta portaria foi permitido ao deficiente visual usar o soroban para realizar provas, fazer vestibular, prestar concurso, entre outros.
O Soroban é composto de:
·         Eixos verticais -> representam as ordens (unidade, dezena e centena).
·         Régua longitudinal -> separa as contas de valor 5, das contas de valor 1.
·         Pontos em relevo -> localizados sobre a régua para indicar separação de classes (simples, milhar, milhão).
·         Borracha interna -> serve para firmar as contas que se movimentam quando as deslocamos.
·         Contas -> dispostas 4 na parte inferior da régua, cada uma com valor absoluto1 e uma na parte superior com valor absoluto 5.
O registro dos números no soroban é sempre da ordem maior para menor. Ex: 125 – coloca 1 na centena, 2 na dezena e 5 na unidade. Limpar o soroban significa que todas as contas (superior e inferior) devem estar afastadas da régua longitudinal.
Para realizar a leitura no soroban, deve-se deslocar o indicador sobre a régua, a partir da direita, procurando localizar a ordem mais elevada. Conte os separadores das classes e a partir daí, a leitura é feita normalmente iniciando-se pela ordem maior.




          MEC/SEESP. A construção do conceito de número e o pré-soroban. Brasília : 2006.

            www.metodosupera.com.br




PRÁTICAS DE INCLUSÃO ESCOLAR COM O DOSVOX



Olá!

Hoje, quero compartilhar com vocês uma experiência bem legal que vem acontecendo em meu trabalho.

Desde 2008 tenho trabalhado com uma garotinha muito inteligente e dedicada. M.R.P.L é cega congênita e está no 3º ano do ensino fundamental, freqüenta a sala de recursos multifuncional duas vezes na semana. Aluna aprendeu o sistema braille, porém não consegue usar a máquina braille devido a uma hemiparesia do lado direito. Apesar, de a aluna ter dificuldade com a mão direita, consegue usar o dedo do meio da mão direita para manusear as teclas: setas para direta/esquerda; para cima/para baixo; Enter e BackSpace.

Diante da dificuldade apresentada, o grande desafio era escolher um instrumento de escrita que atendesse a necessidade da aluna. Após conversa entre pais, terapeuta ocupacional foi decidido pelo uso do computador com software de voz, já que era um recurso acessível à família e a aluna.

Por meio do aplicativo T- testar teclado (Dosvox), aluna explorou o teclado alfanumérico, memorizando algumas teclas.

A partir de algumas aulas com o uso do testar o teclado passou a usar o Edivox. Para essa atividade foram criadas estratégias para que aluna pudesse memorizar onde cada letra se localizava. Por exemplo, primeiro a aluna aprendeu a localizar e usar a linha mestre (asdefghjklç). A partir do uso dessa linha foram introduzidas as demais. As estratégias para localizar a linha mestre foi a de contar as teclas que se encontram do lado esquerdo do teclado alfanumérico (Ctrl, Shift, CapsLk, Tab e Aspas/apóstrofo). Aluna conta até terceira tecla, encontra o CapsLock e do lado direito dessa tecla encontra a letra A e dessa forma a letra F, posicionando os quatro dedos sobre as teclas a, s, d, f. O mesmo foi feito para aprender onde se localiza o Shift, Enter, BackSpace do lado direito. Também foi lhe explicado que a o Enter se encontra do lado direito do ç, que o Shift se encontra do lado direito do ponto e vírgula e assim por diante.

 Como aluna não consegue posicionar a mão direita sobre a linha mestre (letras j, k, l, ç), posiciona apenas a mão esquerda sobre as letras a, s, d, f, sempre observando a marcação que há na letra F e na letra H e a partir dai digita as demais letras. Outra estratégia desenvolvida foi a de memorizar a letra que está em cima ou embaixo de cada letra, sempre indicando se está mais para o lado esquerdo ou direito da letra. Por exemplo, para achar a letra P foi indicado que a mesma se encontra em cima da letra ç, que para encontrar o ponto final, o mesmo se encontra embaixo da letra L, mais para canto direito dessa letra.

Para complementar essa atividade e facilitar o uso do teclado e consequentemente, aprender a digitar com autonomia foi usados o Letravox e a ForquinhaVox (jogos educativos do Dosvox). Ao trabalharmos de forma lúdica facilitou a memorização das teclas e permitiu que aluna aprendesse a digitar e usar o teclado com autonomia.

Como tudo é um processo, mesmo antes de decidirmos pelo uso do computador para escrita em sala de aula, o trabalho realizado em sala de recursos já se preocupava com o uso do computador, primeiramente para uso dos jogos educacionais que o programa Dosvox possui, segundo porque ajuda na alfabetização. Esse trabalho foi bem importante para que aluna tivesse o sucesso que teve no uso do computador e na digitação.

            Hoje, trabalhamos para que a aluna se torne mais ágil na digitação e consiga resolver um pequeno impasse que está dificultando a autonomia total no teclado, que é o uso do Ctrl+Alt+D, como também de fazer as letras que estão sobre os números, por exemplo, que necessita de usar o Shift+ a tecla 1 (para fazer o sinal de exclamação). Essa função demanda o uso das duas mãos, o que dificulta por conta da hemiparesia. Com ajuda da terapeuta ocupacional a aluna tem melhorado e conseguido já digitar algumas teclas com o dedo do meio dessa mão. Esperamos que em breve, essa questão seja resolvida.

            Os resultados apresentados pela aluna evidenciam que as estratégias estão sendo adequadas, mas que outras terão que ser desenvolvidas para atender as necessidades que virão.

            A memória, a concentração que aluna apresenta foi fundamental para o sucesso da atividade, bem como sua dedicação. Conceitos, como: direita/esquerda, em cima/embaixo foram refinados. Ao usar a ForquinhaVox, por exemplo, ouve o refinamento da discriminação auditiva, pois é necessário prestar atenção no som para saber quantas letras tem a palavra, em que lugar a letra se localiza na palavra, para que assim saiba que palavra é.

Todo trabalho demanda um tempo e nesse caso foi um processo de mais ou menos dois anos desde que iniciamos com o uso do computador. Percebo que a atividade proposta vem resolvendo a questão da escrita para aluna, pois por meio da autonomia no teclado, consegue se expressar não somente oralmente, mas também por meio da escrita. A aluna tem conseguido participar das atividades em sala de aula como os demais alunos.

Muitas foram as estratégias desenvolvidas, mas o sucesso desse trabalho se deve principalmente pelo esforço e dedicação da aluna, bem como pela parceria estabelecida entre escola/família/terapeuta ocupacional e sala de recursos.

O uso das tecnologias é um ponto forte no trabalho das salas de recursos multifuncionais e vejo o quanto as tecnologias têm feito diferença na vida dos alunos com deficiência, como no caso da minha aluna. Hoje, a mesma usa um notebook em sala de aula com um teclado normal acoplado, pois o teclado de um desktop facilita a digitação. A intenção é que tenha também autonomia no próprio teclado do notebook, mas isso será um trabalho posterior.

Concluo dizendo, que esta é uma atividade prazerosa tanto para a aluna que a cada dia está melhor no uso do computador/Dosvox, como também para mim. É uma grande alegria ver que a tecnologia assistiva tem facilitado a vida da minha aluna.

Abraços!!!






terça-feira, 15 de maio de 2012

JARDIM SENSORIAL DO JARDIM BOTÂNICO IAC

Olá!!!

Quero compartilhar com vocês, algo muito criativo, interessante e que  gostei muito.  O Jardim Sensorial.
O Jardim Sensorial está localizado no Instituto Agronômico de Campinas e foi inaugurado em 19 de maio de 2011. No próximo sábado, faz 1 ano. Parabéns!!!! Parabéns, a equipe, que com muita dedicação fez um trabalho excelente voltado para inclusão.
Abaixo, um texto sobre o Jardim Sensorial cedido por um dos idealizadores, Jefferson S. Otaviano.

Vale a pena conhecer. Tudo pensado nos mínimos detalhes. Tudo muito bonito como vocês observarão nas fotos.

O Jardim Sensorial IAC

Em nosso dia-a-dia temos a impressão de perceber tudo através dos olhos, como se os outros sentidos estivessem adormecidos. Na verdade, as relações do Homem com seu mundo dependem de uma série de informações que o instigam a mover-se para investigar, para buscar ou para defender-se, de maneira precisa e adequada. O objetivo do Jardim Sensorial do Jardim Botânico IAC é de construir um ambiente seguro onde os participantes dessa atividade terão contato com diferentes aspectos da natureza através dos outros órgãos dos sentidos; olfato, tato e paladar.
A missão do Jardim Sensorial do JBIAC é fazer com que os participantes da atividade reconheçam a textura das flores e folhas, sintam o cheiro de várias espécies de ervas aromáticas e medicinais, o sabor da pasta de dente na menta ou na hortelã, etc. Esses personagens da natureza estão no cotidiano das pessoas, porém passam quase que despercebidos pelos outros órgãos do sentido, além da visão.
A vivência dos participantes em contato direto com o meio natural permite o desenvolvimento de uma consciência ambiental e possivelmente uma mobilização maior frente às questões de preservação ambiental, caracterizando o Jardim Sensorial como um ambiente favorável para educação ambiental.
Área de Abrangência: esta proposta de Educação Ambiental do Jardim Sensorial esta sendo realizada em região urbanizada e conurbada de alta concentração demográfica (cerca de 2 milhões de habitantes). O espaço estará aberto e apto para receber todas as faixas etárias, considerando o n° máximo de 30 pessoas por período, de acordo com a disponibilidade dos monitores e prévio agendamento. De maneira geral a aplicação do método de sensibilização ambiental proporcionado pelo jardim sensorial atende tanto os deficientes visuais quanto os de visão favorecida, desde que estes estejam dispostos a vivenciarem um pequeno trajeto com a venda nos olhos.
Perfil do visitante: o jardim sensorial receberá visitantes de todas as faixas etárias. Cabe ressaltar que também não se restringirá aos deficientes visuais, podendo ser recepcionados as pessoas portadoras de outras necessidades especiais (no momento não há infra-estrutura para recepção de cadeirantes, porem estão em fase de desenvolvimento). Os roteiros e atividades proporcionados pelo Jardim Sensorial estarão disponíveis aos visitantes das esferas públicas e privadas; oriundos do meio científico e empresarial; grupos escolares e grupos ligados a terceira idade; e principalmente grupo que desenvolvem algum tipo de reabilitação para o portador de necessidades especiais.
Recepção: os visitantes, sejam eles deficientes visuais ou não, serão recebidos num local onde o conhecimento e a transmissão do conhecimento sejam premissas para relações que acontecem em espaço democrático e que possam ser utilizadas para a transformação da realidade sócio-ambiental em primeiro lugar e em seguida que sejam também vetores de desenvolvimento social a partir perspectivas sustentáveis.
Parceiros: Centro de Horticultura (setor Plantas Aromáticas e Medicinais; Hortaliças e Plantas Ornamentais). Centro de Recursos Genéticos (setor Mata Atlântica ou Mata Santa Elisa e Quarentenário). Centro de Ecofisiologia e Biofísica (setor de Irrigação e Drenagem), CEC – Centro Experimental Central .
Monitoria: Por meio de parcerias com outras instituições, como as de ensino – UNICAMP, PUCCAMP e UNISAL, por exemplo, haverá o envolvimento de estagiários de várias áreas do conhecimento para integrarem o projeto como monitores e/ou “guias” no desenvolver da atividade do Jardim Sensorial. Tais profissionais receberão formação adequada, segundo proposta deste trabalho, informações técnicas e de acordo com cada particularidade do estagiário e visita, numa ação integrada da equipe de trabalho.
Equipe Técnica do Projeto
Ana Carolina Martins Fantin (Técnica Irrigação)
Eliane Gomes Fabri (Pesquisadora Horticultura)
Fábio Dias Melo Carvalho (Técnico Horticultura)
Jefferson S. Otaviano (Técnico Jardim Botânico)
Maria Jussara Franco Rosa Vieira. (Técnica Jardim Botânico)
Renato Veiga ( Coordenador Geral do Projeto)

Foto de: Jefferson S. Otaviano









segunda-feira, 14 de maio de 2012

Mostra de Talentos

Olá!!!

Como já dito no meu perfil, eu atuo em uma sala de recursos multifuncional, que está localizada em uma escola de Jovens e Adultos. É uma escola muito acolhedora, com uma equipe de professores, funcionários e gestores que se importam com a inclusão de todos!

Pelo 3º ano consecutivo a escola tem feito uma Mostra de Talentos, em que alunos, professores e funcionários mostram o seu talento, seja cantando, dançando, participando do coral, expondo artesanatos, entre outros.

Os alunos da educação especial tem participação ativa nessa Mostra. Vale ressaltar a apresentação da dança de salão realizada por um aluno cego que ministra aulas de dança de salão em uma instituição para cegos. A escola como todo ficou maravilhada com a técnica, com a postura, com a destreza, a leveza do aluno ao se apresentar. Postarei uma foto da edição de 2011, mas prometo contar para vocês sobre a próxima edicão da Mostra.

Quero também apresentar o trabalho realizado pelo grupo de alunos que frequentam a sala de recursos. Eu e a professora Mires que também faz o curso das TICs Acessíveis trabalhamos com o Jogo da Velha e na Mostra apresentamos também o Jogo e as suas regras.




Essa linda faixa foi feita pela professora de geografia, Águeda e por uma de nossas professoras de educação especial, Marcia e com a minha ajuda no sistema braille e com a ajuda da professora Mires, na parte da LIBRAS



Jogo da Velha confeccionados por alunos da sala de recursos multifunional com participação do professor de matemática, Mario



Espero que gostem. Aguardo comentários.

Abraços!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Olá!
Segue um link onde vocês encontrarão  artigos científicos, teses e dissertações sobre a área da deficiência visual. Esse site apresenta mais de 800 mil documentos, organizados em 40 mil temas com acesso ao texto completo.
http://www.radarciencia.org/visao-subnormal/

Abs
Cássia
Olá!
Segue o link da minha dissertação de mestrado.

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000414416
Abs
Cássia
Olá!
Como o blog se refere aos recursos tecnológicos para deficientes visuais. Penso, que o mesmo merece uma definição sobre a Deficiência Visual.
Teremos abaixo uma definição médica e uma outra educacional, mas o importante é que as pessoas entendam que serão consideras deficientes visuais as pessoas que tiverem uma baixa visão em um olho e cegueira no outro ou ainda, baixa visão em ambos os olhos. Uma pessoa, por exemplo, que não enxerga de um olho e do outro tem visão 100%, não será considerada deficiente visual. De acordo com o CID 10 (Classificação Internacional de Doença), o código da deficiência visual é o H54 - Cegueira e Visão Subnormal ou Baixa Visão.
H54.1 Cegueira em um olho e visão subnormal em outro
H54.2 Visão subnormal de ambos os olhos
H54.3 Perda não qualificada da visão em ambos os olhos
A deficiência visual se divide em dois grupos com características e necessidades diferentes: indivíduos que apresentam baixa visão e indivíduos com cegueira.
De acordo com a World Health Organization (WHO, 1993) é considerado com baixa visão, “um indivíduo que tem sua função visual comprometida mesmo após tratamento ou correção óptica, e tem acuidade visual menor que 6/18 (0,3) a percepção de luz ou um campo visual menor que 10 graus de um ponto de fixação, mas que usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para executar tarefas”. Cegueira é definida como a acuidade visual menor que 3/60 (0,05) no melhor olho com a melhor correção óptica.
Sob o enfoque educacional, o escolar com baixa visão é aquele que apresenta resíduo visual que permite ao educando ler impressos à tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais. Escolares cegos são aqueles que não utilizam a visão para a aprendizagem. O processo de aprendizagem se fará por meio dos sentidos remanescentes (tato, olfato, audição, paladar), utilizando-se o Sistema Braille como principal meio de comunicação e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais (Brasil, 1999).
Mais detalhes sobre a deficiência visual vocês encontrarão na minha dissertação de mestrado e nas referências abaixo.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. Subsídios para organização e funcionamento de serviços de educação especial: área de deficiência visual. Brasília (DF); 1995. 58p.
World Health Organization. Management of low vision in children. Proceedings of WHO/PBL Consultation Bangkok; july, 1992. Geneva: WHO; 1993.
Olá!
Segue um resumo da minha dissertação de mestrado. Em breve, colocarei a dissertação completa.
Uso de recursos da informática na educação de escolares deficientes visuais: conhecimentos, opiniões e práticas de professores
Realizou-se estudo analítico com os objetivos de verificar conhecimentos, opiniões e práticas de professores a respeito do uso de recursos da informática na educação de escolares deficientes visuais e verificar características de professores em relação à formação e exercício profissional. A amostra foi composta por 58 professores do ensino fundamental e médio que lecionavam para escolares deficientes visuais e 76 professores que não lecionavam para escolares deficientes visuais, embora houvesse esses escolares inclusos nas escolas em que atuavam. Foi utilizado, como instrumento de coleta de dados, questionário auto-aplicável. A maioria dos professores (96,9%) não recebeu preparo específico para atuar com escolares deficientes visuais. Quanto ao conhecimento de programas usados por escolares deficientes visuais, a totalidade dos professores desconhecia as tecnologias usadas por esses escolares. A maior proporção dos professores (85,1%) admitiu não utilizar o laboratório de informática com escolares e 94,8% dos professores que lecionavam para deficientes visuais também declararam não utilizar o laboratório de informática com esses escolares. No que se refere à importância atribuída à informática na educação de escolares deficientes visuais 84,2% dos professores opinaram ser esta muito importante. Dos respondentes 76,7% não sabem o que é recurso óptico, 87,9% não tem conhecimento sobre recurso não-óptico e 97,8% não sabem escrever e nem ler em braille. Conclui-se desconhecimento de professores a respeito da aplicação do recurso da informática aos escolares deficientes visuais. Paradoxalmente reconhecem que a informática é muito importante para o aprendizado desses escolares, embora a maioria dos professores não a utilize com essa população. Verificou-se também conhecimento insuficiente a respeito de recursos ópticos, não-ópticos e Sistema Braille.
Abs
Cássia

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Olá!
Segue novamente o link para acesso ao artigo intitulado: Aplicação da tecnologias assistiva na educação deficientes visuais: percepção de professores


www.scielosp.org/pdf/rpspv26n2/07.pdf


Abs
Cássia
Olá!
Abaixo, segue o link para que vocês possam acessar um artigo que publiquei em 2009, por conta da minha dissertação de mestrado. O artigo está em inlgês, mas na página da Google tem como traduzir.
O artigo teve como objetivo verificar a aplicação da tecnologia assistiva na educação de deficientes visuais: percepções de professores.
Opinem, a respeito do que foi verificado.

www.scielosp.org/pdf/rpsp/v26n2/07.pdf

Abs
Cássia


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Esse blog destina-se apresentar, compartilhar, discutir, ensinar sobre as baixas e altas tecnologias para deficientes visuais.